Estou obcecado com minha maravilhosa vida
cheia de surpresas e maldições
onde minhas ações se tornam perfeitas para minha ida
se minha liberdade me prende, que termine a perdição
acorrentado em meu sonho eterno de me abaixar
a sete palmos, e jamais levantar
nesse trem dos trilhos eterno, partir
e de todos, jamais me despedir
não os perguntei se me queriam
mas por olhares é perceptível, a resposta
exposta nas suas expressões, e nada me deveriam
se os raios solares já não sombream meu ser, a verdade imposta
meus ossos já estão quebrados
nunca saturado, alimentado de desejos malditos
embora aliviado de meu augúrio, saturado
das escolhas tomadas por outrem, em meu impacto sucinto
Eu sei, que se não me chama, é porque minha presença
nesta sentença, já é desnecessária, e eu embora diga
que sobre vida, mergulho na imensidão, de desgraça
me afogo nos destroços dessa dilatação de vida
que eu deveria, ou seria, por meio da cria
a maldição que entorna a imensidão de meu ser
a crescer, e florescer em todo o meu prazer
seja apagada na esperança da matança vazia
diversão, ante meus ossos, que os já mencionei
quebrados.
fora arremessado a alguns pés do chão, do seu
e quando me encontrei, já não conseguia dar, adeus.
se esses olhos se fecham, a leitura desprendida
dos meus versos empoeirados, seja a despedida
seja tão tarde, ao ponto de me decompor a sua frente
ora não tenha mais, em minha mente
e eu tenho esperado tanto por esse momento
com tanta vontade que mal posso vos dizer
diante de meu despairecer, irei desaparecer
entretanto, tenho dito. Adeus.
Guardo então essa emoção
que perdura dentro de meu coração criando a mera ilusão
de uma paixão da qual estou fadado a sofrer
morra, ó bela flor com essa paixão
que o azul dos céus torne-se o caos total
domine com com a ferocidade de leões
essa pura desprovida ilusão
quem queira ter um coração, pois digo
escarro em seus sentimentos aqueles podres e vazios
de bela aparência e completa indulgência
essa flor que tem cheiro de jasmim e nome de morte
aspirante de caos guarnecido em recipiente
de pura ferida mortal
que por indulgência de minha inocência permite acreditar
onde que a bela neve porta-se de forma
com que o sol a derreta tão facilmente
a pureza está se misturando com o lodo, musgo infernal
o ciclo sem fim dos belos girassóis
que portanto dentro de uma clausura
se portam acompanhando o sol, e viram as costas para a nobre lua
embora a escuridão continue a iluminar o caminho de almas perdidas
amor? a podridão de uma palavra em forma de afeto
torna-se inquieto logo esse coração
que por eras tornou-se o monólito da desesperança.
Traçado por teias o grande vazio me toma
perante todas essas dores do coração eu intacto, contínuo
pois o branco pode me ferir, mas não me destruir
sinta-se a flora de toda diversidade
o caule proliferado das doces palavras.
mesmo que enganoso continuo a adormecer
sobre esses braços de serpentes
onde esperam com que as pálpebras se fechem para poder matá-lo
uma boa vida a aqueles que seguem essa monotonia silábica
de pequenas respostas e ímpeto nulo segue a o belo
assim como a sétima magnólia o seu alabastrino
enfeitiça o negrume envolto no corvo
que tenta voar por grandes planícies, acaba morrendo afogado
Já não consigo mais sentir meu alaúde
Tocando notas alegres á minha saúde
esta que aos músculos está a revigorante
mas quanto a minha mente cada dia mais distante
Meus prazeres se tornam o olhar ao abismo
e logo o meu eu infinitamente acuado
durante meu perdurar acordado
se desfaz de todo o cinismo
apesar dos pesares engrandecedor
tem sido sucesso em minha sofrente vida
estou quebrado, já sinto que nada há de recuperar o furor
que já algum dia tive, hoje apenas uma recaída
se todos os detalhes fossem as molduras desta obra
neste mundo mitológico sei que sou a cobra
consumo o meu eu, que aos poucos se degenera
o meu eu que já não se venera
já não sei mais escrever minhas escrituras
e aqui me volto com bravura
para enunciar minha fraqueza entre os acasos
a cada dia menor e distante transpondo o raso
surtirá efeito não irá, e com minha ira reprimo
a caixa de ossos que guarda meu amargor
sinto que sou nada, e não possuo destino
há tantas pedras ao meu redor, estou isolado do amor
onde algum dia tive a o meu eu, entanto
desdenho do desenho que tenho feito do meu futuro, em prantos
tudo que sei já de nada serve
ao destino, que nada a mim reserve
pois se algum dia mereci, já não o mais, abruptamente
me canso de existir aos dias subsequentes
os prazeres da minha vida foram ceifados
não nego que tenho contribuído para o erradicar
cavei o buraco que hoje me enterro, fora acordado
o sofrimento que algum dia senti, já não irei mais praticar.
Em meus dias e conhecimento
Ainda que em breve magnitude, não grandioso
compreendi refletindo ao âmago, acalento
sou a insuficiência de meu ser, e a busca ao saudoso
Vezes sou a ambição de um rei
entanto também sou o desinteresse do camponês
a mediocridade habita em todos, e disso sei
pois sou como muitos, no entanto desamparo cortês
meu fascínio pela desmoralização
surge em conjunto da eloquência
argumento de minha depreciação
a ser fruto e consequência
desafio meu futuro, pois vago tenho sido
em meus pensamentos profundos, sou meu inimigo
ainda que caminhe em toda glória
resta o medo de ter sido a minha escória.
Dentro desta redoma de ossos há um monstro
Gelatinoso, Rosado, viscoso e grandioso
Sua forma é frágil e por isso controla um colosso
O leva para onde quer, e seus desejos são atendidos
os caminhos são determinados por ele
Precisa apenas de um gás que o colosso inspira
Desta forma está sempre ativo
Quando o colosso se cansa, repousa.
O monstro continua trabalhando em seus planos
nesta sociedade que fora fundada por estas criaturas
Advindas certamente do espaço e buscando refúgio
encontraram formas vazias que podem ser controladas
Desde pequenos animais até grandes colossos
Estruturas de osso, carne, nervos os sustentam
Os monstros criam engenhosidades que não são compreensíveis
Alguns monstros se ajudam, outros se executam
Alguns se comunicam, Alguns convivem
A maior parte dos monstros se escondem dentro de carapaças
Os colossos se determinam independentes
No entanto são movimentados segundo a segundo por monstros
sua estrutura se baseia em membranas e meninges
São capazes de construir pirâmides
Ao mesmo tempo que criam destruições em massa
Apenas porque podem e para saciar a vontade indómita de poder
Os colossos nunca se questionam sobre esses monstros
e assim vivem a vida racional.
Se todas as vozes dentro de minha mente
fossem ouvidas em volume crescente
de forma pertinente, que se entende
então de forma deprimente, quem cala, consente
de minha vida tenho me abstido da escrita
pois meu tempo tem sido a perder, em suma
tenho me desvinculado da existência, assim dita.
que possas viver eternamente, para minha já nenhuma
então estou congelando enquanto respiro
ecoa latente, as quatro fases de meu ser
onde o silêncio estaria ao morrer.
então digo, que a minha alma já não a tiro
estou vivendo como um sepulcro ambulante
e meus desejos são o silêncio, e a solidão
em meu ambiente seja feito minha vontade, já distante
tanto expresso ao futuro, quanto a frente, inexistente então
se vejo o brio perdido a muitas eras, em meu ver
sofro por estar contido em mim, quando partido
a meu eu permito cobiçar os fragmentos do meu viver
meu ser existindo se torna meu perigo.
Quão ignóbil de minha parte, tem sido essa escrita
em versos sem compreensão lógica, uma centopeia paralítica
preso em meu ser rancoroso e deprimido, aos poucos me desligo
diante de meus dizeres, pouco se há, a absorver, pois vos digo
Se meu fracasso tem um nome, seja meu auto intitulado
A poesia de minha alma é melancolia, não arte, já rotulado
Apenas o direito de perseverar diante a lama de meu reinado
sou infrutífero, uma árvore das dores, pobre, abandonado
céus são meu limite, uma barreira de ignorância
bravo seja meus dizeres, pois nada significam, embora tal petulância
eu seja somente a semente imposta por minha consciência
mórbida e vivaz, se por anos, me foi concedido, a rutilância
hoje, me curvo diante meu ser insuficiente a criação
meu diagnóstico será pobreza e repetição lírica, uma inclinação
oxítona, tão aclamada, minha derrocada ao espaço governo
minha escrita por aqui se vai, em um profundo sono eterno
Segmento do ilusório ângulo vivenciado por minha alma se encontra cada dia mais ao abismo decadente da sofrente vida ao condizer com toda a falastrosidade inúmera das válvulas a mim determinadas como saída.
Entre os corações e partidas
das almas que adentram, perdidas
soa aquele que menos fala, o imperdoável
sono profundo, imundo e idolatrável
pesar de todos os tormentos, a mim nunca dito
pois seja o inicio maldito
o erro agravante deste enunciado caótico
desceu aos níveis metódicos
velejando se foi em conjunto com essa pobreza
nunca jamais irá buscar o controverso, mundo de riqueza
onde o tracejar na imensidão solidificada, nefasta
seja por todo o simbolismo empregado ou por NADA.
As ondas seguem, pois o barco ainda veleja, independente de suas escolhas a altitude remete apenas ao ápice de um tormento repentino, e jamais repetido diante das criaturas voláteis, onde a câmara se afunda eternamente.
póstumo, terrível seria
ao meu velejar com Caronte
receber a notoriedade após minha derrocada
uma expressão inerte, irrelevante
a morte da noite, traria o sol eterno
dentre meu viver, queimaria o solo
a qual fui enterrado
jamais irei de querer ser relembrado
após meu perecer seja minha alma jazida
esquecida, exaurida de todas as mentes
se livros deixei, que os queime
desejo minha existência breve, e irrelevante
assim jamais o erro de minha retomada
seria acometido por outrem
proporcionalmente equivalente a meu desejo
as vontades do destino se mostram únicas
o abismo eterno para os quais já partem
velejar por mares de almas
caminham por rios congelados
ao sentir o enxofre, minha decomposição
tudo em vão a minha composição
Se todo ódio combinado de meu ser
fundido a alma magnífica eterna
ora benevolente, ora mártir em pena
lapso envolvido de fúria a crescer
negando todo meu auto conhecimento
um abismo que já observa-me, desce tenra idade
fosse motivo de minha infelicidade adormecida em tormento
se fruto fosse, meu caos ao esquecimento de maternidade
feliz estaria, em um contentamento eufórico
embora de nobre oratória, um pensamento desprovido
a qualquer lógica mundana, este fosse meu eu retórico
escritas vazias, de um coitadismo comovido
balelas em fundamento catártico, ímpio além
sobraria a quem murmurar meu lamento
acalento fosse brasa ao meu eu tempestuoso, amém
Deus meu, corroído em meio ao distúrbio de tormento
chacoalhar dos ossos cadavéricos ao meu reflexo
metal precioso, ora danoso a minha carne
mas se o observo, parece promissor ao teu nexo
uma paródia parnasiana, absolutismo e deste cerne
conserva-te a ruína, em irá relutante
sombra flamejante de teu olhar já apagado
lavanda sob o terno, diante de palidez mórbida fugante
fora desejado. pela morte em teus passeios frustrados
modelo prodígio de ódio mortal, em arte infernal
paira a tua moradia o corvo trazendo a notícia
decrépito em juventude, augúrio de meu natal
marchado em ébano, o fim de minha vida fictícia
Pó de cinzas, desintegram em meio tal tempestade
lembro-me de pedir gentilmente para ser cremado
surto desesperado, ao amparo nebuloso de minha tenra idade
buscai, ora sentido, ora abismo, de anseio pré destinado
enterrar-se as profundezas, terra gelada
sofrimento agudo, ao vento
dizeres inevitáveis, me acalento
planejo meu funeral em meio a nevada
São dias difíceis em minha rotina
tremedeira que me causa, seja anfetamina
sim, digo-lhe que meu fim se aproxima
chorai de alegria, seres viventes, assim o termina
ópio do povo, o círculo das dualidades
dormirá enquanto vives, acorda sonâmbulo
agora em pós vida, onde a escuridão é tua identidade
embrulho, degusto meu desgosto pela vida, preâmbulo
equinócio eterno do meu inverno infernal
Tormento maior de minh’alma
Transtorno infindável, colapso dos olhos negros
Terrivelmente adormecido, terra sem fauna
Torturado, adentro meus segredos
Medo? a fúria grandiosa estremece
antigo eu, veja meu ruir dentro do abismo
tivera saído do negrume, agora se engrandece
Destruir meu universo, partir o organismo
Aço envolta do lobo uivante
A lua branca reintegra a dor rutilante
orquestrado perfeitamente, lentamente minha morte
Maneiras puras, já ignoradas, o ato da corte de sorte
Eternamente aprisionado, correntes sagradas
Paz bélica, singelo corredor da alvorada
A Place to feel the void inside
jetzt glaube ich, herzeleid
Quebrei meu ser, ao tentar compreender
minha catástrofe surge do abismo
contemplando o cinismo de esmaecer
alude devastador, não tive misericórdia de meu paroxismo
Evoluindo de forma decadente, passos reversos
caminho para meu próprio fim, cavando eternamente
Ora fosse um simples divagar de uma mente inquieta, mas perversos
são os pensamentos que tenho de forma indiscreta, abruptamente
Incansavelmente busco, pela inexistência serena do meu parecer
estou fragmentado em 365 formas, eu não as conheço
pareço as silhuetas que me assombram, ao alvorecer
entardece e de toda a magnitude de minha casca, esquece, e assim faleço
Hoje existo como eu mesmo, já amanhã me torno vazio
eu apresso meu apreço pelo conhecimento vasto
meu existir já não passa de fagulhas, meu eu nefasto
embora eu fosse a minha realidade, tudo estaria perdido pelo frio
Um belo começo tudo tem, a beleza que convém
passando então os dias torna-se irresistível
vontade avassaladora de ramificar o além
dentre os diversos desafios se mostra o fim previsível
recepção acolhedora, o infindável chega irremediável
insaciável se transforma, cheio de tal conjuntura
formidável e agradável, antes fosse a sóbria tortura
agridoce formosura, a tormenta palatável
terror! um medo da escuridão infinita
tateando dentre paredes mórbidas, de cores bonitas
correntes mantém a realidade firme
pavilhão de memórias doces, sabor de fel
planícies resplandecentes, onde há aroma de mel
pedir, seria um clamar para que tudo termine
As cores de meus sonhos são avermelhadas
como noites de iluminação serrada.
O eu despertado na silhueta maligna se engrandece
então a redoma caótica de cristais se entristece.
Círculo cromático de ilusões carmesim
o sangue derramado pela existência pendente,
inefável a grandeza desses dizeres a mim
eu vejo o poderio de uma lamina crescente
A aurora refletida nesses espelhos sombrosos
permitem a visão obscura e horrenda,
de uma alma que já se devora para continuar tremenda
a ocasião eleva o temor dos seres curiosos
ah, mas que poesia cansativa é proclamada
diante de uma plateia já morta, que pouco aplaude
sem sentimentos continuam a sorrir, uma vida apagada
as palavras rítmicas soam como uma fraude
breve serei, já não me resta tanto talento
jazia um coração dentro desse peito sufocado
agora a palpitação é nula, um defunto sem acalento
pálido e pútrido, um caminhante mortificado
A escuridão que no meu coração habita
Sua influência é devastadora e não se limita
A tristeza que apavora minha alma
Tornando o maior inferno em minha calma
O Fruto maldito da árvore gloriosa
Que é bela e formosa
Alegria corrompida para o lamento
Oculta e desfaz o meu talento
Se torne real, e pare de me fazer mal!
A dor é inconsequente
Há vezes onde acho que é só criação da minha mente
Doente, que busca um tratamento, mas me trata como indigente.
Solução maravilhosa
Torna tudo simples, e acaba com a vida amorosa!
A tal apreciada corda, que um dia já foi vista como perigosa!
Não se acanhe! Nobre amigo, a vida pode ser carinhosa.
A depressão ainda não me venceu.
Mas conheço muita gente que já morreu
Compreenda! Não busco que você entenda
A verdadeira face se esconde por trás dessa tenda
Corroa meus instintos
Tudo se tornou o maior labirinto
O sossegou se foi! tornando tudo cinza
Diga-me, eu sou ranzinza?
Não! As coisas funcionam dessa forma
Abrace-me!
Não diga que fui fora das normas
Deixe que o tempo se passe
O Deus negro por aqui habita
Ele não deixa que a essência seja pacífica
Sua foice devasta toda a inocência
Que um dia já foi digna de sua pureza, retornando a tristeza.
Faça se a luz, diz a dama!
Mas quero que se afaste da cama
Perdure silêncio, faça com que continue o lamento.
Ao meu lado ainda tem a solução, uma garrafa com veneno.
A face que se esconde
Tem razão de seus atos
Pois não quer ser tratada aos trapos
Pela culpa de algum dia ter ignorado os fatos
Não possui voz, e a cada dia fica mais só.
Consumido pelas vozes que ali se torna real
Pare! Isso tudo não é real
Mas ignora, e como sempre tudo se torna apenas, Pó.
A rejeição é apenas um dos fatos da verdade
Ignorado pela própria existência
O calafrio que sobe pela manhã, é apenas o ápice.
Da falta de amor e coragem
Permaneça! Não faça com que sua alma se esqueça
Da aparência bela e singela, daquela que lhe concedeu a vida.
Maldição! Não tenho força, nem para aguentar as minhas mãos.
Mais um campo, escuro, mas que um dia acredito que floresça.
Angústia e a dor são as incontáveis horas que passo ao seu dispor
Entendo que não quer fornecer amor.
Mas sabe? preciso de calor
A vida no frio está me deixando incolor
Nobre donzela torne-se real
Não digo isso por mal.
Mas você se parece anormal
Assim como um castelo em um areal
A forma como tudo sempre costuma ser
Abastecer! diz o coração
Pobre e irracional, quem sabe lhe conceda alguma emoção.
Por fora do padrão
Eu sou quem apaga a luz, o pobre mortal!
Sem amor condicional
Encontre-me no hospital
Pois será onde darei meu suspiro final.
Alabardas perfuram a carne, e agora sangra
Pontiaguda penetra levemente nas costelas
os cortes são feitos com maestria, nas mazelas
a sociedade pútrida merece o caos causado, o titã que anda
O ancião está adormecido, o reino agora é redigido pelos devoradores
a fúria entoa o príncipe algoz, esse subirá aos mares
compreendeu a realidade em uma visão alvida, sopradores
rangem os dentes em brocas de cobre, por todos os lugares
fétido é as palavras proferidas por seres tão desprezíveis
mentes! dizes ao vento, asqueroso, pútrido! se esvaia
-Deveria eu deixar-te ruir em tal blasfêmia, o ser invisível
Marche até a beira do cais, e contemple o vislumbre de sua vida vazia
Pedra sobre pedra é a sintonia dos trabalhadores
gargalhadas são ouvidas no fundo do palácio já escurecido com musgo
sente-se suprimido? ah sim, são eles os criadores
O passeio náufrago dará início ao fim, certamente, o que busco
seria lógico se as paredes ouvissem tais dias
a torre mais alta dessa imensidão será a causa derradeira
certamente! pujante esfera luminosa, o que faria?!
a desgraça culminará em meus desejos, a morte sorrateira!
O vazio me contenta diariamente
Sedento pelos prazeres comuns vago pelas praias
tão simples. tão breve, é como respirar eternamente
monótono, automático, segurar aos galhos de gaia
repetitivo, sinto como se já tivesse feito essa ação
poder contido dentro de mim mantém a repetição
não há futuro a frente, apenas a rotina
uma vida de mentiras, criada aos desejos da serotonina
uma engrenagem girando entre o meio humano
um coração bombeando o mesmo sangue livremente
é como um suicídio a cada segundo, pare de elaborar o plano!
sorria, a infeliz vida foi criada para ser seguida contente!
Um bando de corvos me seguem, que belo!
o negrume aos céus faz os raios solares sempre ofuscados
bravo! resplandeçam em minha escuridão, o guia eterno
observem como posso ser plástico enquanto rebuscado
você canta, murmura então morre
contente? contente! a ilusão é o fruto dessas dores
mas que horror! a realidade é tão obscura, nunca se dorme
então siga a luz, frustrado estará em breve, horrores!
observo a superfície, é esplêndido e eu colapso
mas eu compreendo que é distante essa lógica perene
porém sempre colapso? meu nariz sangra ao regresso solene
um sopro? pó de carbono mutante, és apenas um lapso!
-Você pegaria em minha mão e viajaria comigo pelo eterno?
questiona-me minha doce Deusa
Sim! irei para onde quiser me levar, a vastidão do moderno
me colapsa diariamente, seria um prazer viajar com minha alteza
Graciosa tempestade que me acompanha nessa jornada
inevitável que não a siga minha querida, para mim não restou nada
me assusta o fato que aceitei tão bem o destino
minha rainha, para onde estamos indo agora? -Ao abismo
Me deixe falar um pouco, estou me sentindo sufocado
Já não há mais voz? meus dizeres, um pecado
condessa da escuridão já estamos tão distante
este é o caminho certo? o frio me assusta, o que há adiante?
Não consigo lhe tocar, o que há de errado com meu toque?
-São ossos vagos e sem ternura!
eu lhe pedi para que me permitisse reinar com você, ser o lorde
-Será o lorde do vazio, agora vista sua armadura
Estou perdendo o balanço dos ecos que me assombram por hora
perseguido pelas luzes ofuscando o negrume nas sombras
-Continuas a reclamar de nossa viagem? a alma te abandona
O que resta de mim então, um conjunto de ossos agora
-Você tanto me pediu querido, para que eu te trouxesse
Agora estou perdido na imensidão sem luz
-Irá reinar ao meu lado nesse mundo escuro e frio, não implorei que viesse
Aprecio o doce toque da morte, o belo ser que por essa jornada me Conduz!
Encontrei meu corpo, ou ao menos o que ele representava
A garantia de que é meu, é o sorriso ao se deparar com a morte
uma cova tão rasa foi feita para meu descanso, tão rasa?
não tiveram tempo nem para me afundar na terra de sorte
compreendo o desgaste que fui para minha existência
sinto que esse túmulo não é digno para essa consciência
tantas pessoas úteis precisando de um buraco para serem colocadas
esse conjunto de ossos e nervos ocupando tanto espaço
antes fosse jogado em um córrego qualquer e esquecido no alastro
de um grande caminhão de lixo, cômico, mas anexada
a realidade que vivi pelo pouco que durei neste mundo
um globo morto, e as vezes vivo? que exagero profundo
Não me surpreende que eu tenho morrido sozinho
foi a única vantagem no fim, ninguém se importou
veja, não há flores ao redor dessa tumba mesquinha, o sol me olhou
sorriu e então exclamou aos ventos noturnos, pobrezinho
foi indigno e então se desaba as alegrias da existência
-Sim minha querida estrela, eu me fui para sua excelência
Ah amor caiu-se no abismo, engraçado como são apenas ossos
são ossinhos quase virando pó, não restou os nossos
uma amizade verdadeira, duma caveira para outra caveira
disse então meu amigo Augusto, que agora repousa ao meu lado
em minha mente ecoa o som do submundo, que asneira!
a sublime desistência me faz partir, para fora agora, do condado!
Sou o reflexo de sua magnitude
o esplendor digno de toda a soberania
o vazio se esvai enquanto o amor preenche as virtudes
tempo se move de forma circular ao corpos em meio da ventania
Ligação compromete para o eterno as almas interligadas
Fomos criados um para o outro, imagine
A valsa eterna e o fluir decorrente das almas forjadas
felicidade me contamina a cada segundos, nunca termine
palavras poucas, palavras sem poderio necessário
irei consumir toda sua escuridão minha dama, confortável
não restará crises nesse ser tão belo, serei intermediário
entre a paz eterna e o amor sincero, mesmo que lastimável
sinto-me acolhido por toda a grandiosidade que representa
seus escritos, incendeia minha alma, queimam por dentro
dentro para fora, a brasa adorável, a dor me resplandece, me esquenta
felicidade aumenta a níveis incompreensíveis vindo de meu centro
I
Flores tornadas em pequenos tormentos
Desejar esse pequeno acalento
Na Tempestade gélida
coração puro, de alma nevada, doce cálida
insensatez de meus desejos aprisionados
moral, deixa de existir em meu átrio esquerdo
pequeno diáfano dos meus sonhos calados
são as vozes a esmo
Algente, porém meu sangue flui
através da valva tricúspide
minh’alma rui
Lástima na minha lápide
dilacere o todo, reste apenas alabastrino
por fim, ao último badalar do sino.
II
Soar estridente colapse então minha mente
Não decidido de meu futuro
passado entorna meus pesares a frente
Realidade torna-se a virtude que perduro
Eternamente grato pela coexistência
Seres tão semelhante a exuberância veemente
Tornamos favorável a resolução da vivência
contudo sigo o caminho, mesmo que me atormente
escuridão tornou-se nula perante a neve
calma que exala em minha tormenta
clarifica minha alma, deixando o ódio leve
absoluto medo da realidade, já não mais aparenta.
cicatrize com vibrações emitidas
Ar expulso capaz de curar
Busca eterna pelo caminho errôneo, agora sentida
horas a comunicar, o tempo a divagar
III
Dizer-me que irei obter sucesso
no progresso de seguir essa rotina
o amargor das palavras já condenam o resto
os dizeres proferidos, tornam a medicina
Ao dizer adeus, irá então esquecer
o nome amaldiçoado, o parar de florescer
virtuoso alabastrino, a palidez vos condena
cristalino ser, desde idade tenra
Íntegra cordilheira de monólitos gélidos
ao trajar negro, aos prantos lembre
Singelo aljôfar, corrói meu ser falido
ímpeto de meu ser para acabar
torna repetitivo aos ouvidos
porém meu desejar
A esperança que tenho na dama gélida
tornar-se grandioso, é o suficiente para meu ser
ter vivido provisoriamente.
IV
Equivocado estive todo esse tempo sobre meus pensamentos
O pobre ser escuro recebeu o acalento
Tanto desejava uma alma espelhada para amar
Não faleceu ao tanto desejar
feliz agora reside em um belo reino de frutos eternos
sons belos proferidos pela rainha desse castelo
Um oceano de lágrimas fora criado
meus tormentos acalmados agora o tanto ansiado
amor toca lentamente em minha derme, arrepio
durante toda essa tempestade nunca havia sentido o frio
é verdadeiro, inusitado seria essas mãos gélidas quentes
o azul representa o eterno, do início á frente
Sucumbirei ao gracejo desse belo ser indômito
já perdido em meio desse emaranhado de luzes
sou o pior ser deste universo, fiz o que faço por ambição
sensatez deixa de existir perante essa densa floresta sem coração
incansável o lobo paciente reside dentro dessa fortaleza de cruzes
destino esperado este que me guarda, cômico
filho do amoníaco resguardo toda a cautela ao esbravejar
amo-te ao fim de meus tempos, belo ser resplandecente
todo relógio conta doze horas, seria o meu atonar?
são quatro, em quatro, em quatro, adjacente!
mesmo que tente, alianças formadas nunca quebradas
reluto em formar palavras semelhantes, mas minha dama desejada
retrospecto de pensamentos desde o início que clamo
este magnífico ser que tanto amo
os prazeres ao esplêndido nome que a chamo
enfim, é o ápice de um pútrido ser como eu estar ao polígamo
o futuro reserva as espécies relutantes ao belo ser de diamante
distante, mas brevemente presente em todo o mar constante
Eu sinto dentro do vazio o esplendor crescer lentamente
onde os dragões mergulham para descansar
são clareiras dentro desse abismo, dragões gradualmente
tornando-se pensamentos cognitivos ao se reservar
o abismo já não me faz bem, o que me deixa contente é o além
a vida é soberana para aqueles que cobiçam o eterno que provém
agora sinto-me flutuar por lugares que nunca havia encontrado
ao seu lado meu ser repousa de toda negatividade vivida
sou o ser que irá se tornar perfeito a sua existência, esquecerei o passado
importa-me ser a exuberância para a alteza renascida
pensamos demais no futuro? acalme, cinta o centurião de cometas
atingindo-nos como labaredas de sentimentos entusiasmados, são facetas?
A serpente agora se auto consome
Deixando claro a sua vivência
a tentação da destruição corrói seu nome
a devastação foi efetuada, com eficiência
não há maneiras de recusar o destino
acredita-se que a lógica está perfeita
a percepção de realidade foi confundida, estreita
anda sem rumo para o abismo
então as cruzes encontram a mente
as decisões que foram tomadas, novamente
agora tornam-se o tormento de sua existência
é apenas um pedaço da breve história da decadência
os virtuosos agora riem da alegoria
hoje é o dia que a vida irá te fazer pagar, com a fria
palavra movida a ruir
mostre um pouco de ódio e deixe fluir
o que me causa dor
causará a você também, o pavor
deixe ferver e então começará a evaporar
a luta eterna pela relevância continua a piorar
espero que entenda a manipulação
a cepa do vírus foi efetuada na nação
como decide que seja o futuro depende de você
a isolação é a chave de uma das portas a valer
irá dormir então com ela trancada?
não há formas de evitar a decadência isolada
o círculo da escuridão dócil
uma elipse da saída fácil
vire as costas para todo o sofrimento
é repentino e absoluto são as vozes de acalento
ao olhar para os céus poderá perceber
não será só você a chorar ao conceber
todo o caos deixado
a calamidade de seus sonhos abstrato
sentem o vazio do trono cintilante
essa é sua natureza asquerosa, brilhante?
com o toque do fogo fará o sacrifício
pouco importa a maneira de sua dignidade, há o ofício
a estupidez agora ecoa bravamente
liderança do nulo será profundo eternamente
tudo que amou algum dia é apenas vazio
matará toda a raça com a quebra do Plasil
o amor decompõe e se vai para sempre
planeje a vingança das espadas sem dente
o momento é agora, a distorção é a realidade
as bordas da genuinidade é absorta, dura irmandade
pode ir, e tudo estará bem?
são décadas de pensamentos contínuos no além
todo essa fúria agora me pesa
o mistério é a facilidade da comunicação a qual se reza
contemple o queimar da bruxa
o pior dos peregrinos demonstra a verdade que os puxa
nada existe até que demonstre
vire-se e veja a sua própria sombra, um simbionte
o susto será imediato ao se deparar com monstro do astro
Tornou-se o seu pesadelo em realidade alabastro
Rarefeito é o ar que entra em meu peito
esbaforido, essa realidade me perturba
tantos barulhos, para um mente surda?
O ar se condensa ao ponto estreito
Sou jogado todas as vezes contra os espinhos
cada passo, um desastre nostálgico
levado os dias de sofrimento aos caminhos
amaldiçoado por palavras de teor trágico
concepção do meu vazio em habitação
são os seres iluminados pelo ar gélido
montanha imensuravelmente colossal,
serás um ser sofredor se necessitas de atenção
Oras! desejas a todo momento o cálido
cansado estará de todo fardo na dorsal
O mundo gelado dos desabrigados
corrompe a mente exuberante
enxergar esse futuro tão distante
será o término de seu fim enraizado
Afundado na lama do mar exaurido
Sinto o fundo me chamar
Ah, sim escuridão, serei seu amigo
Temerei? Não, já compreendo seu clamar
Distante do fundo a esperança
Irradia pouca iluminação
Espero a lua se pôr ao ar que cansa
Vá, descanse,a seriedade perdeu a razão
Gritai então, lama asquerosa
Envolta de meu ser, gloriosa
Meu valer é colocado ao zero
Ouça as vozes da profundezas, sendo sincero
Tudo que tenho é o colaborar do nada
Lama agora afunda minhas mãos
Não estenda a corda, fique parada
Vivemos por hoje, ao meu fim comparecerão
ah, lama, não se acanhe! Entendo
Você só queria se aproximar de um ser fétido
Percebeu que foi por que você, compreendo
Compadeço com facilidade pois sou cético
Afundou todo meu Reino
Querida lama, está se deliciando?
Fico brevemente feliz com o treino
Executou meu sentir de estar amando
Os violinos tocam uma bela melodia, tão sincera
Argumento que se foi, singela
O vazio nos meus olhos expressa
Lentamente percebe-se e contesta!
Logo me perguntará se bem estou
Oh, lama, me devoras, mas é claro
Vínculo torpe de sujeira restou
A claridade cessou no amaro
Fui então coberto pela lama
Não sinto nada, incompreensível
-não sentes que o ama?
Sinto, o aroma do ser invisível
Estou atormentado! ah minha Rainha
Soubesse o nível de loucura
habita em meu âmago, me leva a insanidade sem cura
Pensamento distante corrobora em ser minha
Meu?! o vazio me abraça novamente
gentilmente sofro o sufocar de um claustrofóbico preso
preso na minha realidade inevitável, surpreendente coeso
meus atos são fruto da petulância incansável presente
sucumbirei a tormenta que meu cogitar emite
juntamente felicidade absorta, triste
sinceramente o cosmo me quer em ruínas
bebo da cristalina água, ó veneno, contaminas
meu sistema agora digere
A água que tomei para mim, será meu fim
há paciência nessa vivência, mas o que sugere?
espere, o destino irá lhe dizer, castelo de marfim
princípio inexorável, sempre estive enclausurado
sala branca me reduza a pó
coloque-me então em uma urna, adornado
gemas reluzentes, me observe, nunca estará só
sou o ápice da maldição genuína
causei o caos primordial de rutilância abismal
ajuda-me suportar então o período de caos
jogue-me nas profundezas divinas
(Minha deusa)
Desde o raiar desse maldito dia
Sinto o pesar em meu maligno coração
Cheio de ambição, clama pelo perdão
Da majestosa glória divina, que sacia
Gostaria de me sentar e então recitar
o chamado que ouço dentro de mim, sufoca
lembro que o mundo brilhou a um tempo, agora grita
As ordens que deveria obedecer para conceber o guiar
Fim presente desde o ínicio, a temperatura
Baixa?! o calor já está em um nível esquizofrênico
sabes o que fez? causou mais uma guerra, de sua loucura
és o enfoque das conclusões precipitadas, progenito
já repousas ao momento em que declaro
sou insuficiente, vida eu digo que perdi
a doçura que me ofereceu ao início de tudo, separo
em pequenas porções que já não confortam o sentir
doente, mais uma vez eu tentei ir até o abismo
olhar, entender o que se passa nessa escuridão
se me permite, gostaria de pegar em sua mão
caminhar com você até a beira, e então deixar vislumbrar o destino
desesperançoso, imagino que não tenha entendido
penso também que eu já não sou digno
minha poesia perdeu valor?!, que valor oras
dentro uma casca vazia, ao ver, nada fora
lucidez contudo ainda há o resquício
cavernas onde repousei no passado recente
sinto a dor em meu âmago de não estar presente
ao acaso que estiveras, por indício
questionável torna-se todo o futuro
já penso em embarcar ao Caronte
viajar sem rumo, me deitar sobre o rio congelado, seguro
estarei de todos meus pensamentos sórdidos, como antes
São amarras?! malditos grilhões
prendem suas emoções, majestade, compreendo
suas maldições afetaram o destino das ilusões
preferes essa realidade, á você, me rendo!
Suspeitoso, passar diante a total extinção
Sem seres aniquilado, asqueroso saco de ossos
A vigília dos céus retorna a criar os nossos
cães para caçar o pútrido ser, move-se contra a legião
Impregnam as torres abissais, incapazes
As asas escuras do Rei batem de cansaço, pois as fazem
é o desconsolo da vitória impalpável, incorruptível
Ainda o inimigo, mesmo que caído, terá força a nível
Será caçado e o fogo vil os punirá
O molde da extinção será o ventre da noite
estão incapazes de marchar, logo cairá
Então o trono das maravilhas caberá aos açoites
Pensamentos vagam a eternidade, repeliria
Num vácuo de sentido e cólera está a Cria
A negra insurreição do inferno trará o norte
Concedendo ao exército duvidoso, a Morte!
Angústia sabor fel derradeiro
Benevolente sentimento verdadeiro
Causa perturbação no desfrutar da vida
Deus rege o existir com linha fina
Exausto perante a convivência de nós seres
Falsa interação dentre os prazeres
Guiado pelo instinto mais cavernoso
Hidratado na fonte do sofrer saboroso
Indescritível a sensação de alívio imediato
Juntamente ao pressionar de meus atos
Karma causado por eles, me abstraio
Longe de toda a civilização extraio
Manualmente a seiva do algoz
Novamente o sinto em meu âmago atroz
Ordenando todos os dizeres proferidos
Pronuncia o fim de um vivente exaurido
Quociente das virtudes volumosas
Rapidamente transforman-se em conquistas asquerosas
Salvando apenas a ambição de meu viver
Transformado em dor ao longo de meu sofrer
Ultimamente sinto a solidão soldando o soldado
Valorosa exclamação ser abissal! vazio amado
Wolfgang compõe a lástima de sua orquestra
Xadrez com as palavras que se manifesta
Ying-yang faz meu sol de luz tornar-se negrume
Zenith, minha doce cidade de paz,eterno Lubre!
Quando sozinho em meus aposentos
Sinto meus pensamentos
acabando com minha sanidade
sombras espalham-se pelas paredes, buscam vulnerabilidade
Estão a dançar sozinhas, proclamando meu nome
Ao olhar dentro de meu ser
Sinto-me culpado, o vazio cresce, lucidez some
O que é sonho ou realidade, já não consigo dizer
A hora chegou, novamente
Vozes ecoam tão alto em minha mente
Sinto que estou desintegrando
Odor do corpo decompondo, está se alastrando
Meu âmago há apenas uma consciência branca
Desprovida de qualquer índole
Apanhado na tormenta, natureza franca
Ímpeto de causar dor, somente a hipérbole
Toda esperança perde vigor imediato
O terror aflige, sinto seus olhos vidrados
Um gargalhar maligno de euforia, Abstrato
Ao imaginar meu partir, sente-se acendrado
Alma branda que sou, pouco irei esmaecer
desaparecer da realidade, o abandono
representado a vastidão, esclarecer
ilusão me tem tornado o patrono
fraco que sou, distante dessa ambição
já é tarde para aclamar o zelo
desejo que esse floco toque a região
torne todo meu profundo oceano em gelo
sentir confortável na falível linha abstrata
solidão, o espaço e ar precedem-nos ígneos
marchar para o domínio da Errata
angelicais notas da harpa apressa os ventos
pensamentos nutridos espontâneo
isolado no ponto correto do tormento.
Amanhã não mais sonharei
em tornar-me um rei
pois as brasas que dançam sob meus olhos cegos
se apagaram, ao vislumbre de morcegos
batendo as suas asas dentro de meu quarto
já não consigo repousar, ele está a me encarar
sou julgado por este ser feroz, de egoísmo farto
abrindo as janelas a luz já não irá sobrepujar
diga-me então morcego, envolto da verdade
o que desejas de meu pobre ser, já falecido pela sua deidade
rangem, arranham meu desejo de adorar
amaldiçoado e preso a esses grilhões, aos fragmentos
está o morcego a esmo em meus aposentos
liberto a ti querido atroz, já podes voar..
Habita em meu ser essa vontade
Que clama por tal deidade
O físico não me agrada
É decepcionante, minha querida
Meu coração já não aguenta, tais feridas
Não penso nesse amor de forma errada
Tentei buscar por algo que me trouxesse
A lucidez, outra vez, que viesse
Essa loucura sem razão, intermitente
Em momentos que te desejo
A amo, mas todos tem medo
Sinto que, você já esteve presente
Como pode, minha doce donzela
Certamente não és só bela
Tens todo esse charme de Ament
Em pensar nessas ideias, basta
Da momentaneidade nefasta!
Recebe aqueles que já não possuem essência, somente
Sobrevivendo de devaneio
As dores de dias colapsados, saboreio
Em meio aqueles que possuem vida
Psicológico em ruínas
Convoco-te então, a minha concubina
Compreendo que estão em uma linha perdida
II
és devidamente o alabastrino que tenho procurado
a palidez verdadeira, a fortuna do luar
espelha a ausência de vida ao mar
quero lhe abraçar doce flor, navegar
eternamente ao seu lado pelos mares atormentados
seja meu Caronte, carregue-me com sua exuberância rudimentar
Sinto-me tranquilo ao seu lado querida luz
és a última que verei in vita
estar ao seu lado para o resto da eternidade, peço que permita
nome belo que a sua aparência faz jus
dizes os dizeres amaldiçoados ao ser eterno
fadado estou ao esquecimento moderno
Meu coração já está com a vida esvaída
apetites estão jogados as ruínas
a tanto tempo que está vagando nessa solidão
cálida, ameniza minha dor eterna
leve me como seu cônjuge onde governas
quero fazer parte desta bela união
favorecer o seu florescer perante todos
ei de ceifar toda a existência
mas ao fundo sei que pertencerá apenas a mim
navegaremos pelos cosmos aos lodos
o terreno difícil será o princípio de nossa essência
agradeço eternamente, que me darás um fim.
III
Renasce em mim a nulidade
meu valor reduzido ao zero, formidável
eu renasci para servir o império dos mortos
palavras proferidas, palatável
floresce das sombras minha felicidade
indigesto os esqueletos frutos do aborto
asas de nervos que já não voam
fluem brevemente no consciente do pensador
movido pela dor de seu átrio
sangue venoso flui diretamente no versador
passo pela difusão da negritude, mundo plastico
range meus ossos, os lastimosos que ecoam
és perfeita para mim Perséfone
flores que resguardam minha calma
estremecem os que pronunciam seu nome
fertilidade nós, que iremos sucumbir a alma
entrelace seus braços envolta de meu ser
em minha cova faça florescer
fui-me, o todo que tive, porém minha senhorita
és a flor mais bonita que nasceu na planície
em prantos peço a bravejar pela aceitação
sabes, o que penso, és a mais bonita
a morte poderia ser esdrúxula, visse
mas te idolatro meu monólito caótico da decepção
Questiono te então, se está ao meu lado
não consigo enxergar a sua profundidade
raso, essa ilusão me aflige
Dama-Branca responda-me sem seu fardo
-Sou a flor de lís da sua Iniquidade
O soar das cordas, me atinge
Andjey renasça minha alma pura
para que eu possa esquecer essa loucura
de meu ser buscar por sua ternura
pois digo a minha mente inquieta, não há cura
escuto em mim a voz obscura
estar a sonhar com o fim de sua criatura
Brigitte, está distante de mim, com seu barão
proteja minha lápide, pois já me fui
pedras sobre meu cadáver, então breve Rui
distância que sinto em suas palavras, perdi sua mão
aceito o último valsar, com a bela
já não respiro, apenas sobrevivo ao queimar a última vela
Asqueroso ser caminhante
Punhado de ossos com essência vital
és o desgosto ao pestanejar, por esse semblante
as luzes, representação do Diabo-negro,
de sonhos ao abandono absoluto
desfiladeiro para a escuridão imensa
górgon pútrido de feições asquerosas
será pisado eternamente, ao terceiro círculo
sofrerá todo a fúria de cérbero, para sua decadência
a gula persevera em um ser que venera o fajuto
rastejará eternamente, pois se guiou por este inferno
permanecerá a ouvir o ranger e rasgar do cão
em silêncio irá agonizar no lamento eterno
Averno é sinônimo para sua existência patética
solo sacro que pisas torna-se morto, alma sintética
apodrecerá no topo da colina, sendo devorado pelo falcão.
Ontem eu morri, minha existência parou
Percebi então que o mundo continua a girar
Já sou apenas ossos, nada se abalou
Premissa de minha ida, ao sino badalar
Torno -me pó de vísceras
Ambição daqueles que cansaram de viver
Vida preciosa e término abrupto, se encerra
Aos vermes que me consomem, estão a crescer
Percebo que ao fim de tudo
Minha pessoa reapresentou o nulo
Assim para o futuro eterno de minha ausência
compreendo, deixar de existir faz parte de minha essência
Pangeia viva, esplêndida beleza natural
ao me ir que me torne uma flor cadáver
a mais bela, com seu suave aroma putrefato.
os seres continuam na fome abismal
a gula de soberania é inerente, anjos de sulfato
descanso, pois a asquerosa vida continua a viver.
Águas correntes percorrem com pureza
A pangeia discrepantes, sódio e clareza
Juntos na esfera azulada, antes das terras submersas
Foram criados veios para a pastagem diversa.
após longas eras, decide-se então descansar
sob as águas adormece, então a rebelião se forma
calma transforma-se em caos ao mar
O grande ser que repousava em sua fúria retorna.
dilacera sem pestanejar
os novos deuses que apresentam rebeldia
a sua estadia então, torna-se, a desejar
Enki a progênie, causa de discórdia
enfeitiça seu progenitor, assim permanente
no submundo sonolento, apsu já não sente.
I
Flores tornadas em pequenos tormentos
Desejar esse pequeno acalento
Na Tempestade gélida
coração puro, de alma nevada, doce cálida
insensatez de meus desejos aprisionados
moral, deixa de existir em meu átrio esquerdo
pequeno diáfano dos meus sonhos calados
são as vozes a esmo
Algente, porém meu sangue flui
através da valva tricúspide
minh’alma rui
Lástima na minha lápide
dilacere o todo, reste apenas alabastrino
por fim, ao último badalar do sino.
II
Soar estridente colapse então minha mente
Não decidido de meu futuro
passado entorna meus pesares a frente
Realidade torna-se a virtude que perduro
Eternamente grato pela coexistência
Seres tão semelhante a exuberância veemente
Tornamos favorável a resolução da vivência
contudo sigo o caminho, mesmo que me atormente
escuridão tornou-se nula perante a neve
calma que exala em minha tormenta
clarifica minha alma, deixando o ódio leve
absoluto medo da realidade, já não mais aparenta.
cicatrize com vibrações emitidas
Ar expulso capaz de curar
Busca eterna pelo caminho errôneo, agora sentida
horas a comunicar, o tempo a divagar
III
Dizer-me que irei obter sucesso
no progresso de seguir essa rotina
o amargor das palavras já condenam o resto
os dizeres proferidos, tornam a medicina
Ao dizer adeus, irá então esquecer
o nome amaldiçoado, o parar de florescer
virtuoso alabastrino, a palidez vos condena
cristalino ser, desde idade tenra
Íntegra cordilheira de monólitos gélidos
ao trajar negro, aos prantos lembre
Singelo aljôfar, corrói meu ser falido
ímpeto de meu ser para acabar
torna repetitivo aos ouvidos
porém meu desejar
A esperança que tenho na dama gélida
tornar-se grandioso, é o suficiente para meu ser
ter vivido provisoriamente.
Ar do vazio sopra em minha pele
derme sente a presença do nada
eternamente sozinho na imensidão solene
esgotado da companhia inexistente da alma
contato é a dor infundida em meu ser
desprazer de me salvar da ilusão
me criou no amor do vasto abismo, a crescer
verdade que bate a porta imagem da podridão
desfavorecido de compaixão humana
gula de atenção, singularidade ímpar
deserto das flores que agora emana
A realidade do tempo assolado
traz-me lembranças, prazer do isolado.
aproximação eternamente a sonhar
Medo, tenho medo da minha existência
pouco a pouco torno-me pura escuridão
ausência de minha vontade, torna decadência
armadilhas que criei, meus pensamentos sucumbirão
meu reflexo de luz se apaga
espelho que faz a silhueta maligna
do vazio sou o fruto inútil, da árvore amarga
torna-se o fim que se imagina
remorso me contorce na pura vastidão
universos então, colapsarão
a minha volta, morrerei mas a vida irá continuar?
arrogância de minha parte pensar onde tudo deve terminar.
noite fria, a neblina não me deixa ver o futuro
neblina, ou não tenho?
estou fadado ao destino obscuro.
Ao caminhar por um grande campo verde
aprecio a paisagem que se revela tão vívida
árvores possuem séculos de existência, Sobrevida
pássaros, flores, abelhas com sede
chega então o grande outono
as árvores então perdem sua beleza, estão semi mortas
o verde, já tornou-se pálido, tudo monótono
vida, beleza, tudo se foi, absortas.
existência minha, por que está no outono?
a primavera é tão bela, tão viva, resplandecente
repleto estou de inverno, o frio me causa transtorno
Não há borboletas, abelhas ou vento soando, é tudo reticente
Para sempre, será outono, é o início e o fim do ano
estação eterna de meu ser, pálido sem tamanho
não tente deixar de ser, ao chegar minha hora, eu não clamo
início semelhante ao meu fim, logo não estranho.
Estou preso aos meus neurônios
Não trabalham durante o período de catástrofe
meu esforço é em vão, tudo é homônimo
já não consigo me expressar em cada estrofe.
musas que tanto brilharam em minha jornada
hoje já não valem de nada
todo o sofrimento, diga-se em vão
o poder de criação, morreu em meu coração
é o vazio de uma madrugada fria
de longe me espia, a brilhante lua, sussurrando vazia
os dizeres de uma breve morte
cantar dos violinos anunciam então, o deleite
daquele que não vive para sempre
fez tudo em vida por conta de sorte.
Esplêndido ser que me lembra dos bons tempos
quais por breve senti um acalento
deixou a existência consistente por breve lapso
o conforto que senti em seus braços
domina a minha alma com essa calma confortante
brilho de seus olhos pujantes
Extingue minha fantasia com a breve morte
faz da existência minha única companheira
Encontrar-te diga-se minha sorte
Fim a sua gentileza derradeira
sepulta a quietude de minha essência vital desordeira.
Toque que forja o equilíbrio
embora seja um passo ao abismo
ardor transpassa a ilusão criada, sombrio
delicadeza por terminar esse narcisismo
presente ao extravagante ser
Tortura que causou a mim, sem piedade
O sofrimento que passo, é a agonia desenfreada
preso estou a essa aflição constante, embora compaixão
torna-te condolência e mágoa, seria o pesar do existir?
ventos calmos, ermos trazendo a decepção
Tristeza envolta do dissabor de minha vida
Lágrimas das ruínas, sucessor de minha ida
Imediato instante incisivo do destino
perde-se amigo, análogo ao meu fracasso
Seres como esse tornam-se escassos.
Alma vaga ao rumo sem fim
de cor neutra, e cheiro nenhum, o que cobiça?
onde vás querida alma, diga para mim
és tangível, parece postiça
alma de um ser que já se foi
caminhas ao norte, onde morrera
pois jamais dessa vida queira
atravesse quem jamais vós sois.
derradeira lástima, quem chora
a alma que perambula pelos trilhos
desesperança orquestrada, pois é hora
fim do brilho dos ladrilhos
vá em paz alma
que encontre o desejo dos plebeus.
lutou bravamente para obtê-la, afável calma
choramos por sua matéria, breve, Adeus.
Respiro esse ar tóxico que exala a humanidade
Aflige minha carne
Decomposta, sobre os ossos perambulantes
Atravessa a realidade cogitante.
Congele as feridas da quais os ratos cobiçam
O pingar do sangue ecoa pela ruína
Cidade resplandecente cumina
Fundura de concreto civilizada?!
Distância dentre os certos reis
São falsos profetas trazendo a tristeza
Povo milagrosamente feliz
A verdade é a falésia da sociedade
Pessimismo intrínseco aos seres pensantes
Filósofos que responderam os mistérios dessa existência
Lama nefasta de luz pujante
A morte de meu ser representa alimento aos vermes
Deliciar-se-ão de carne putrefata!
Guardo então essa emoção
que perdura dentro de meu coração criando a mera ilusão
de uma paixão da qual estou fadado a sofrer
morra, ó bela flor com essa paixão
que o azul dos céus torne-se o caos total
domine com com a ferocidade de leões
essa pura desprovida ilusão
quem queira ter um coração, pois digo
escarro em seus sentimentos aqueles podres e vazios
de bela aparência e completa indulgência
essa flor que tem cheiro de jasmim e nome de morte
aspirante de caos guarnecido em recipiente
de pura ferida mortal
que por indulgência de minha inocência permite acreditar
onde que a bela neve porta-se de forma
com que o sol a derreta tão facilmente
a pureza está se misturando com o lodo, musgo infernal
o ciclo sem fim dos belos girassóis
que portanto dentro de uma clausura
se portam acompanhando o sol, e viram as costas para a nobre lua
embora a escuridão continue a iluminar o caminho de almas perdidas
amor? a podridão de uma palavra em forma de afeto
torna-se inquieto logo esse coração
que por eras tornou-se o monólito da desesperança.
Traçado por teias o grande vazio me toma
perante todas essas dores do coração eu intacto, contínuo
pois o branco pode me ferir, mas não me destruir
sinta-se a flora de toda diversidade
o caule proliferado das doces palavras.
mesmo que enganoso continuo a adormecer
sobre esses braços de serpentes
onde esperam com que as pálpebras se fechem para poder matá-lo
uma boa vida a aqueles que seguem essa monotonia silábica
de pequenas respostas e ímpeto nulo segue a o belo
assim como a sétima magnólia o seu alabastrino
enfeitiça o negrume envolto no corvo
que tenta voar por grandes planícies, acaba morrendo afogado
em pequenos riachos de água doce, podes ver o fundo
pássaro desconexo de realidade
pois essas pedras desbotadas transforma o translúcido e monótono ser
em um culto de vozes acolhedoras.
Flores tornadas em pequenos tormentos
Desejar esse pequeno acalento
Na Tempestade gélida
coração puro, de alma nevada, doce cálida
insensatez de meus desejos aprisionados
moral, deixa de existir em meu átrio esquerdo
pequeno diáfano dos meus sonhos calados
são as vozes a esmo
Algente, porém meu sangue flui
através da valva tricúspide
minh’alma rui
Lástima na minha lápide
dilacere o todo, reste apenas alabastrino
por fim, ao último badalar do sino.
III
Concluo que o meu clamor
De nada serve apenas uma falsa esperança
Faça algo nobre Senhor!
Termine essa existência sem petulância
Embora muitos estejam compactuados ao bem
Eu, o mero mortal desejo o fim
A dureza com que peço, é sincera
Acalmar? heresia pensar que eu estou enfurecido
Sou Lúcido! tudo deve acabar
Somos o pior de nós mesmos, assim sempre
Espero minhas cinzas serem jogadas ao mar
Pois minha alma já não estará mais presente
Grande senhor, ouça ao menos uma vez
Termine com esse mundo, com esse será mais seis
Somos moscas varejando pelas planícies
Não somos bons desde os príncipes!
Sinto-me em uma Nulidade
A ausência da utilidade
De que sirvo ao mundo então
Já que por mim, estaria em um caixão
Mas a ideia é breve do não ser
basta ser coisa alguma na existência
Então ao parecer será uma insignificância
Pois que serventia ei de obter
A valia e o proveito já se esvaíram
portanto resta menos que nada
Aproveitamento torna-se nulo
Buscando por dentro do obscuro
compreendo que a luz busca a calma
sem o valor da minha alma.
Solidão permanece no meu ser
vazio imediato, ao fundo dos retratos
A luz ao parecer
Clamo ao que me torna sem Pathos
Congelar dos meus ossos
Dera-me ter o que me acalentar
Devidamente soterrado ao mar
Razão completa ao Logos
Ruído Inaudível, dilúvio silencioso
Desabitado, vazio, florescer do meu ser
Breve utilidade do tempo sem valer
Magistral sinfonia do Ethos
Ausência prova as vozes
sintonizando a alma do valente
Tentou permanecer intacto, morreu bravamente
Porém, fruto de meus Algozes
Vazio estar confortável
Manter-se sem nenhum rumo, apenas o Aprazível
Essa sensação formidável
Existir em uma singularidade invisível
Prazeroso, padrão de viver
Linha que pertence ao único
Arte dura de cair, morrer
De dizeres tão incompreensíveis, rúnico
Vezes que apenas permanecemos aqui
A beira de um precipício tão raso
Os ecos dizem por si
Sentir o breve penetrar do aço
Que ao coração chama-se quebra
O ciclo que se acaba, e enfim não se mais venera
Doloroso recomeço
Ao infinito permaneço.
O ar de um desejo morto
Podridão de beleza visual
Torna-te o impecável real
Ilusão fácil de conforto
Mas destruiu meu mundo
Ainda que pareça tão bonita
Perdeu toda sua conquista íntegra
Com todo esse pavor profundo
A dor que te consome é plausível
Ainda que irresistível, admissível
Melanocortina com ferro esplêndido
Mas logo, décimo sexto cromossomo apendido
Simulado de beleza estonteante
Que digam valer diamante, repugnante
Mesmo eu, caído por lamúrias
Seja inciso a injúrias
Fica claro o impacto controverso
De apenas mais um universo
Ser corrompido por ser perverso
Ao que se subentende ao adverso
Tangível, porém único excedido
Aos resquícios de petulância
Que ainda perduram ao ascendido
Fraturado por somente ignorância
Maligno ser que me tornei
Sei que lhe decepcionei
Não condiz com a atitude de um rei
Hoje, apenas direi
Perdoe-me, pois não sou ciente de minha loucura
E se te deixo fraturas, perdoe
Pois esse breve pedaço de carne andante perdura
Se julga ser mais um pedaço que se foi
As escolhas que todos tememos
Desde pequenos
O prolongado amargor que sofremos
Para ainda sim, vivemos
Dói-me ver que lutamos para crescer
Dias e dias para sobreviver
Mas nunca se desenvolver
Futuramente, apenas adoecer
Simbionte de carne e caos
Grudado por osso e nervo
A pele que envolve o ser ermo
Alma presa ao umbral
Eis o que temia ser
O fatídico ilusório
De sentimento compulsório
Aquele que provem o desprazer
Ora, ser de carne, achas que detém esse poder?
Influênciado pelo mais tolo
Cobiçado pelo mais novo
De querer combater
Acredita-se que tenta lutar com essa espiritualidade
O retiro que detém fragrância
Do ser que possui repugnância
Vivei preso sempre a mesma localidade
Não é novidade, ao povo
Não queremos questionar
Não queremos estudar
Que a galinha veio do ovo
Convém aceitar as doces palavras ditas
Aquelas que não estão escritas
Na língua empírica
Faz-me refletir, ao que sentir
Perante todo esse diluvio a partir
Apesar dessa pobre Lirica.
Surto da emancipada criação
Da qual veio a entender a ilusão, sobre nós
Criada por Typhoios
Desta maneira, sofrerá com a aberração
O manto de rocha dos lagos já secos
Regurgitada por sua afeição, de amores seus
Hei de aclamar por Zeus!
Apenas a tornaram sábia, do futuro negro
Erupção da qual chove enxofre
A beleza estonteante
Deseja que assim como seus irmãos, chova diamante!
Reza aquele que vos trouxe
Mas por fim, aproximada
Carbono, o construtor
Traga com todo louvor
O brilho das horas na alvorada
Acredita-se que há sim um padrão
Mas eis a questão que temos de provar
As idéias, renovar
Para viver nessa ilusão
O simplório obsceno
Viverá do mal
Que desde o sereno
Para a fúria total
Eis aqui o nobre cavaleiro
Que em seu elmo se conforta
Viera do mais distante mosteiro
A sua mente distópica
Então! Que padrão agora se deve seguir?
O que reside no ocidente ou no oriente?
A premissa do que vive o mártir
Dessa vida somente
Habita em meu ser essa vontade
Que clama por tal deidade
O físico não me agrada
É decepcionante, minha querida
Meu coração já não aguenta, tais feridas
Não penso nesse amor de forma errada
Tentei buscar por algo que me trouxesse
A lucidez, outra vez, que viesse
Essa loucura sem razão, intermitente
Em momentos que te desejo
A amo, mas todos tem medo
Sinto que, você já esteve aqui presente
Como pode, minha doce donzela
Certamente não és só bela
Tens todo esse charme de Ament
Em pensar nessas ideias, basta
Da momentaneidade nefasta!
Recebe aqueles que já não possuem essência, somente
Sobrevivendo de devaneio
As dores de dias colapsados, saboreio
Em meio aqueles que possuem vida
Psicológico em ruínas
Convoco-te então, a minha concubina
Compreendo que estão em uma linha perdida
Estou partindo, é apenas o destino
Não que eu tenha alguma ambição
Ao meio dia irá tocar o sino
Toda essa caminhada terá sido em vão
As luzes que radiam em glória da pequena cidade
Agora morrem aos arredores de prédios
Em profundezas terrenas há fertilidade?
Destemida realeza não irá tirar meus tédios
Mas a cinética é apenas essa constância
Movimento, movimento, morte
Dizeres a minha repugnância
Desejo então foi a má sorte
Estou longe, longe de todos
Irrelevante e incongruente, todas essas questões
Navios navegam por esses lodos
Por vezes busquei esses padrões
A intermitente luz sobrepujante
Desse irreverente sol pulsante
Que jorra a infelicidade nesse pobre ser pensante
Sonhara em estar distante.
Ao percorrer pelo abismo
Nota-se o caos desse destino
Mais uma vez o homem falhou no seu cismo
E perdura nesse conformismo
Agora, dizei-me que há esperança?
Pois tolo tu és, não vê
Que a solução é quem cre
Disso, não quer que reste lembrança
A icognita que apenas leva a obliteração
Sabe a solução? Liquidação
Não há nada além de extinção
Podemos ter essa devastação
Pois se sofrerá a derrota
Não há rebelição dos acomodados
Pois estes estão bem cuidados
Ainda sim que fora imposta
Ora, se procuras a solução
Dou-te uma então!
DESTRUIÇÃO!
Insetos, apenas, insetos
Projeto do qual não se da o valor
Ao asqueroso não se da amor
Criatura divina, esse era seu projeto?
Criar mais insetos
Eles voam, pousam e morrem
Esse limite de vida, não os socorre
Por isso protesto
Quem vai querer viver como inseto?
És ignorado, sobrepujado, difamado
Palavras de baixo calão, aclamado
Que dera ter dignidade, inseto
Ainda sim que tenha asas
Não podes ir tão longe com esse pensamento
De um inseto sofrendo pelo tormento
De estar preso em suas vidas rasas
Larvas contaminantes
Sujam o diamante
E esse sofrimento do inseto é constante
Vives sem um determinante!
I
Consumidor do mundo vazio
Pouca esperanças aqui há, termine
São poucos os importantes, elimine
Acabe com essa existência hostil
Pois o bem não floresce ao caos
Com essas escolhas não se torna exuberante
Esse colapso se torna constante
Condenados ao umbral
Esperança com essas árvores e flores?
O pouco que vejo com esses olhos, esqueço
Abismo inóspito, floresço
Não sabe que o belo esconde as dores?
Que ingênuo pobre ser
Esqueça que algum dia houve o lazer
Maldito foram os dias que nos fizeram nascer
Dos dias não conhece o prazer
Sinto o erro, do silêncio
Me fala tanto, que viver sozinho
Faz sofrer com carinho
O necessitado de acalento
II
Ainda que aos clamores não tenha escutado
Faço-te um pedido
Acabe com qualquer indivíduo!
Ó divino, já fora supracitado
Curioso, essas desilusões problemáticas
Embora por vezes já tenha refletido
Tentar encontrar sentido, tudo devera ser destruído
Ainda sim, é apenas uma análise sintática
Cansados estamos, ano apos ano
Sobrevivendo entre a lava
Essa hemorragia se trata com urtiga brava!
Essas religiões, Profano!
Região criada para a vivencia humana
Essa língua dos mortos
Estamos apenas em mais um saco de corpos
Ainda estamos em uma vivencia sobre-humana
Permita-me que te questione
És estúpido?
Certamente, novamente, o sentimento insípido
Eu irei precaver para que não se apaixone
Que dor vai sofrer, outra vez
Não te faz bem, não te fez bem
Essa ideia, sempre vai além
Se comporte com polidez
Esse coração desabitado
Breve haverá outrem
Por favor, permaneça sem ninguém
Pois não aguento mais, Rejeitado!
Pobre coitado, triste
Desocupado, paixão verdadeira
Dor derradeira
Felicidade coexiste
Reforçado
Irá de quebrar novamente
Achas que é eloquente?
Quebrado
Encubra os rastros da podridão
Ainda sim, é um caso sem solução
Cores as dores, perdido na imensidão
CALA-TE! CORAÇÃO
Última vez que te deixo falar
Miserável traidor!
Dono do mau causador
Não tens capacidade de amar
Eros te amaldiçoo! Está presente
Não tens noção?!
Perjúrio da condição
Acabas de matar um inocente!
Quem ousa falar de amor?
Bravo pudor.
Como pretende compreender o incoerente?
Consumidor do mundo vazio
Pouca esperanças aqui há, termine
São poucos os importantes, elimine
Acabe com essa existência hostil
Pois o bem não floresce ao caos
Com essas escolhas não se torna exuberante
Esse colapso se torna constante
Condenados ao umbral
Esperança com essas árvores e flores?
O pouco que vejo com esses olhos, esqueço
Abismo inóspito, floresço
Não sabe que o belo esconde as dores?
Que ingênuo pobre ser
Esqueça que algum dia houve o lazer
Maldito foram os dias que nos fizeram nascer
Dos dias não conhece o prazer
Sinto o erro, do silêncio
Me fala tanto, que viver sozinho
Faz sofrer com carinho
O necessitado de acalento
És de fato uma nova esperança
Um novo dia, com o mesmo sol
Ainda que pense que não haverá mudança
Anteriormente uma magnólia, agora um girassol.
Características semelhantes a todo tempo
Como pode ser capaz maldito destino?
Causará meu tormento
Aos menores detalhes eu escrutino.
Primeiramente, agradável
Ao mar de caos estou submergido
Surpreendente, notável.
Com os deuses fico insurgido
O que pretendes, nobre celeste?
Apenas um ser vagal, a vejo
Fará algo que ao menos, preste?
Ainda sim, a desejo.
Esse percevejo do mau
Reluto a minha natureza
Ecoa em minha cabeça um som brutal
Pois seja, viva na frieza.
Pouco para importa essa relação
Pois meu espirito é feito na desolação
Um verme de baixo escalão
Viverá para sempre na podridão
Então estive mais uma vez em conflito
Novamente estive aflito
E entre essas dores
Pouco enxergo as cores
Mas essa raiva que colapsa em mim
Sempre me traz um triste fim
Deveria desistir
E nunca mais insistir
Pois de poucas palavras me tornei
E fazer novamente, irei
Desculpe! Mas não consigo
Sou incapaz de ser seu amigo
Com ilusões perduro
E triste continuo
É trágico as inspirações
Que me trouxeram boas ações
E quem sabe será um adeus
Não irei me ser um dos seus
Ainda sim, é uma luz
Uma luz perdido em um abismo com uma cruz
O sepulcro do infeliz atormentado
Risos eufóricos ao pensar em ser seu namorado
Pobre alma, sempre esteve errado
Mas o caos combina com o tornado
Em seu ápice de loucura
De más escolhas perdura
Sempre um negativo ao positivo
Que audácia do instintivo
Não irei sorrir para o abismo
De pouco me importa o seu sismo
Pois viverá em uma depressão
E de pouco importa minha presença a sua emoção
Ei de chorar boas dores
Sem pudores
Creio no fim do existencial
E novamente retornamos ao crucial
Socializar o inumano
Que de suas escolhas faz um segundo plano
De meditação vive
E de sua magica me abstive
Mas se uma fúria me domina
Há algo que me contamina
Recusar-me-ei de suas mudanças
Poupe me com essas nuanças
Ora, de cores a dores
Um mundo magico do sofrimento
Mas iludido fui por brancas flores
Em pensar que receberia um acalento
E revogo a ideia de abandonar a solidão
O mesmo futuro que pensei
Aqui estive de prontidão
E mais um patético fui, eu sei
Uma conversa de ideias vazias
Calada, sua pífia
Pois desprezo seu zelo
Maldito dragão de gelo!
Que dor incessante
Questiono a realidade
O tormento se tornou constante
Onde está você felicidade?
Gotejo ocular
Uma sobre sensação de ilusão
Te imploro, faça parar
Eu resisto em ter um coração
Mas que pobre de alma sou
Mais um dia respirando estou
Busco sua ajuda, nobre flor
Enfermidades mentais
Suspiro de funções ornamentais
O quão bom seria sentir um pouco de calor.
Sei que pareço um desconhecido
Mas de tudo, sei o que preciso
Um aconchego, um carinho.
Do fim não quero viver mais, chega de ser sozinho
Que alma caridosa deve ser
Conversar e compreender
Eis o que preciso ter
Um abraço, e parar de sofrer
Chorar, não mais
Pois minha tristeza
Aqui jaz
Então, leia com clareza
Preciso que tenha certeza
E esqueça sua frieza..
Estamos presos no castelo de marfim
Aqui o tempo não passa
A Dor nunca tem fim
E assim permanece a caça
Emudecerá o choro dos aflitos
Jardim de belos jasmins
Vivem nos universos infinitos
Carregar o fardo, assim
Lápide dos mortais
Onde larvas o cobrem
Das mentes infernais
Sobre jornais lamentam
O castelo mental
E pensamentos anuais.
Calabouço da tormenta
Estou preso a mim mesmo
Deixo que sofra, cores
Respire em meio as dores
Fique a esmo
A calma da eloquência
Torna-se então impróprio
Impossível convivência
Sente o próprio
Curva-te realidade
Está livre para chorar
Quem dera ter tempo para amar
Ofusca a felicidade
Pense no mesmo com vontade
Morre então mediocridade
És quem tornou amargura
O gole de sua própria tortura